Absorção
O iodo é absorvido essencialmente por 3 vias de exposição que são: via oral, via inalatória e via dérmica. Também pode ser absorvido se for aplicado sobre o olho.
Pela via inalatória o iodo é absorvido quando exposto ao vapor de iodo a partir dos pulmões. Pela via oral a absorção é pobre devido à rápida conversão de iodo em iodeto.
Quanto à via dérmica o iodo pode ser absorvido por escoriações e feridas, no entanto poucas são as quantidades absorvidas através da pele intacta.Grande absorção ocorre através da pele desnuda, úlceras e mucosas [11].
A absorção gastrointestinal de iodo parece ser semelhante em crianças, adolescentes e adultos. A absorção em lactentes pode ser inferior [12].
Distribuição
O iodo é facilmente distribuído dentro dos pulmões.Pela via oral o iodo atinge a corrente sanguínea, principalmente na forma de iodeto onde é armazenado na glândula tiróide na forma de tireoglobulina.
A distribuição na pele é baixa devido à reduzida absorção [11].
As hormona tiroideas, T4 e T3, são responsáveis por cerca de 90-95% do iodo presente no organismo [12].
Metabolização
O iodo é uma substância facilmente oxidável, sendo oxidado a iodeto no trato digestivo e posteriormente armazenado na glândula tiróide na forma de tireoglobulina [11] [12]. A iodação da tireoglobulina é catalisada pela enzima peroxidade da tiróide, que se encontra predominantemente na membrana apical das células foliculares da tiróide.A oxidação do iodeto consiste na formação de intermediários reativos, monoiodotirosina(MIT) e diiodotirosina(DIT) em que se o MIT se liga ao DIT obtemos a T3 e se duas móleculas de DIT se juntam obtemos a T4.
A relação T4/T3 na tiróide é de 15:1. Quando a glândula tiróide é estimulada a produzir e libertar hormonas , a tireoglobulina é transportada para dentro das células foliculares.A absorção da tireoglobulina ocorre por endocitose na membrana apical seguido por fusão das vesículas com os lisossomas . De seguida, as enzimas proteolíticas quebram a tiroglobulina dando origem as hormonas T3 e T4 que vão para o sangue. As principais vias do metabolismo que ocorrem fora da tiróide envolvem o catabolismo da T3 e T4, incluindo reações de desiodação, clivagem da ligação éter da tironina, desaminação oxidativa, descarboxilação da cadeia lateral e conjugação do hidroxilo fenólico com o ácido glucurónico e sulfato. Os produtos de desaminação e descarboxilação da cadeia lateral sofrem deiodinação e conjugação com o ácido glucurónico e sulfato. A conjugação do hidroxilo fenólico ocorre no fígado e provavelmente noutros tecidos. Nos humanos a reação no fígado é catalisada pelas arilsulfotransferases fenólicas. Os produtos sulfatados podem em seguida sofrer desiodação. A conjugação de glucuronido ocorre no fígado e provavelmente noutros tecidos. A identificação das glucuronitransferases que estão envolvidas na conjugação das iodotironinas não está esclarecido [12].
Eliminação
O iodo é excretado principalmente na urina e nas fezes, mas também excretada quantidades na saliva, suor, bílis,leite materno e lágrimas. A excreção renal normal é de 12 mg por dia [11].
A excreção urinária é responsável por mais de 97% da eliminação de iodo absorvido enquanto a excreção fecal cerca de 1-2%. Numa situação de hipotiroidismo há uma maior fração de iodo que é excretada no leite materno comparada com hipertiroidismo [12].
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